![afastamentos de trabalhadores](https://www.rhhealth.com.br/wp-content/uploads/2019/03/afastamentos-de-trabalhadores.jpg)
Os afastamentos de trabalhadores por doenças aumentaram 6% em 2018 no Brasil. O valor pago para essa camada da população, como resultado, teve um acréscimo de 9,3%, tudo em comparação com 2017. As informações foram publicadas pela colunista Maria Cristina Frias, da “Folha de S.Paulo” (você tem acesso ao post, na íntegra, clicando aqui).
Ainda segundo a jornalista, mas citando outra fonte, o economista especializado em Previdência Pedro Nery, como houve a criação de 530 mil empregos em 2018, é possível que isso tenha sido responsável pelos aumentos.
Conforme dados da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho, R$ 202 milhões foram concedidos, em 2018, de auxílio-doença como benefício. Em 2017, entretanto, haviam sido R$ 191 milhões.
Contudo, analisando números recentes, nada bate o ano de 2013, quando R$ 304 milhões foram destinados a isso. Veja a evolução no gráfico abaixo, também publicado pela “Folha”, mas com dados da Secretaria.
![](http://www.rhhealth.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Grafico.jpg)
Os motivos dos afastamentos ainda não foram detalhados. Contudo, quando se olha para 2017, os dados já existem. E, aliás, podem dar uma boa ideia daquilo que tem atrapalhado os profissionais e as empresas no dia a dia…
Causas de afastamentos de trabalhadores em 2017
Como dito, a Previdência ainda não detalhou os motivos que afastaram os trabalhadores em 2018. Enquanto os dados não são revelados (é possível que ainda estejam sendo contabilizados), vale a pena dar uma olhada em 2017 para entender esse cenário.
Afinal, olhando para o histórico dos últimos anos, os afastamentos de trabalhadores vêm passando sempre por razões similares.
Assim sendo, veja a tabela abaixo:
![](http://www.rhhealth.com.br/wp-content/uploads/2019/03/Tabela.jpg)
Mas esses números podem ser ainda maiores.
“Há uma sub-notificação muito grande das doenças causadas pelo trabalho no Brasil. Assim, elas representam menos de 2% das comunicações no país e 1% dos óbitos. Para se ter uma ideia, a Organização Internacional do Trabalho estimou que, em 2008, as doenças representaram 86% das mortes relacionadas ao trabalho no mundo. Há, então, necessidade de jogar luz sobre esse assunto”, disse a ex-secretária de inspeção do trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego Maria Teresa Pacheco Jensen, em material divulgado pela pasta.
Preocupação é mundial
Afastamentos de trabalhadores por motivos de doença ou acidentes não são uma preocupação apenas do Brasil. Aliás, o mundo inteiro vem estabelecendo cruzadas para combater isso.
Na Inglaterra, por exemplo, a luz amarela está mais do que ligada (e quase mudando para vermelha).
De acordo com o “The Telegraph”, o mais tradicional jornal diário do país, pela primeira vez, casos de ansiedade ou depressão representaram mais da metade dos motivos de afastamentos de trabalhadores.
O número contabilizado de dias perdidos de trabalho no ano fiscal inglês (ou seja, de 1° de abril de 2017 a 1° de abril de 2018) foi de 15,4 milhões.
Ou seja, isso significa que o número de faltas chegou a esse indicador, podendo, claro, uma mesma pessoa tendo faltando mais de uma vez.
Em comparação com o período anterior, portanto, houve um aumento de cerca de 19%.
Se levado em consideração que a Inglaterra contabilizou 26,8 milhões de dias de trabalho perdidos, em geral, por motivos de adoecimento, os casos relacionados à ansiedade ou à depressão representam, então, 57,3%.
Os dados são do comitê que cuida dos assuntos ligados à saúde e segurança do trabalho ligado ao governo britânico.
Em números ainda mais detalhados…
De fato, parece muita coisa, certo?
Mas ainda não conseguiu visualizar bem o que esses afastamentos de trabalhadores significaram para a economia inglesa?
Veja, então, os números abaixo (todos, mais uma vez, de 1° de abril de 2017 até 1° de abril de 2018):
1,4 milhão de pessoas afastadas
600 mil pessoas relatando depressão ou ansiedade (eram 526 mil em 2016/2017)
500 mil pessoas com problemas musculoesqueléticos (40% deles nas costas)
600 mil acidentes não-fatais no trabalho (dessas, 420 mil com afastamento superior a uma semana)
71 mil acidentes não-fatais, apenas, notificados pelos empregadores
144 acidentes fatais no trabalho
Dessa maneira, em custos recentes para a coroa inglesa:
15 bilhões de libras (R$ 74,5 bilhões, na cotação de 4 de março de 2019) foram destinados para benefícios por afastamentos de trabalhadores, mas no período de 2016/2017 (contando casos antigos e novos)
65% desse valor foi devido a doenças adquiridas relacionadas ao trabalho
35% desse valor foi devido a acidentes ligados ao trabalho
Apesar de altos, os números vêm apresentando uma queda.
Afinal de contas, em 2004/2005, chegaram a 18 bilhões de libras (R$ 89,5 bilhões).
“O stress relacionado ao trabalho é uma epidemia que só cresce. Está mais do que na hora de os empregadores e o governo olharem para isso mais seriamente”, disse o secretário-geral da Federação de Sindicatos do Reino Unido, Frances O’Grady.
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Estados Unidos também se preocupam
Mas, como dito, se trata de uma questão mundial. Não apenas os brasileiros e ingleses sofrem com isso. Os americanos, primordialmente, estão atentos aos afastamentos de trabalhadores por questões de saúde ou físicas.
Veja, afinal, a comparação entre os números de 2016 e 2017.
Em 2017, foram contabilizados 1,1 milhão de acidentes não-fatais ocupacionais. Em trabalhadores de tempo integral, representou 98 casos em cada 10 mil profissionais.
Em 2016, os números foram sensivelmente maiores, mas, para a estatística, são praticamente iguais. Foram 100,4 casos em cada 10 mil colaboradores.
Em ambos os anos, o tempo médio de recuperação foi de nove dias.
Voltando a 2017, as áreas que mais sofreram com isso foram as que empregaram pessoas para fazer transporte e movimentação de materiais. Foram 195.800 casos. Nessa “sub-categoria”, diga-se assim, a taxa sobe para 235 a cada 10 mil profissionais.
Mas a categoria que tem a maior proporção de acidentados ou doentes dentre uma população geral é a de trabalhadores que atuam com algum tipo de serviço de proteção: 298 afastamentos a cada 10 mil colaboradores.
Por fim, 5.147 pessoas morreram no trabalho nos Estados Unidos. Na média, mais de 99 por semana – ou cerca de 14 por dia. Desses, 4.674 foram no setor da construção civil.
Os dados são do Departamento do Trabalho do governo americano.
No país, o valor dispensado anualmente para cobrir esses afastamentos de trabalhadores é ainda mais assustador, na casa de US$ 200 bilhões anuais (R$ 756 bilhões).
Prevenção é tudo
Certamente, deu para perceber como isso é um problema no Brasil e no mundo, não é mesmo?
Em vários aspectos, claro. Não apenas no impacto financeiro que afastamentos de trabalhadores causam nas economias do país, mas, principalmente, naquilo que está caindo sobre a saúde das pessoas.
E, acima de tudo, a importância está aí, em cuidar delas e ter a certeza de que estão bem. A partir disso, faltar menos, trabalhar melhor, aumentar a produtividade, diminuir gastos e, consequentemente, gerar mais lucro é tudo consequência.
Por isso, invista pesadamente em uma coisa: prevenção.
Existem muitas maneiras de se fazer isso.
- Entenda o que é possível fornecer para seus colaboradores para que trabalhem melhor. Se estiverem felizes, os índices de adoecimento, principalmente psicológicos, vão diminuir. Acredite: hoje em dia, não são apenas salário e benefícios que contam para a satisfação geral.
- Mapeie e estude quais são os principais motivos que estão levando aos afastamentos dos trabalhadores da sua empresa. Entenda esse cenário para, depois, pensar em planos de ação que minimizem isso.
- É ESSENCIAL fazer uma Análise Ergonômica no seu ambiente de trabalho. ESSENCIAL! Assim, problemas relacionados a isso podem ser detectados, atacados, diminuídos ou até mesmo eliminados.
- Invista na gestão da saúde ocupacional da sua empresa. Isso, definitivamente, NÃO É UM GASTO. Como dito, é um investimento. Tenha certeza: você vai colher frutos e se surpreender com os resultados.
- Mapeie e estude quais são os riscos inerentes à atividade diária dos trabalhadores. Esse é o primeiro passo para evitar acidentes.
E aí? O que acha? Depois de tudo o que foi dito, vale a pena, ou não, colocar esse assunto como uma das prioridades na sua lista do que fazer e implantar na sua empresa para vê-la mais saudável?
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Até porque você vai perceber que, depois de tudo em ordem, vai ser muito melhor para a rotina da sua empresa, pois estará sempre em dia com as obrigações.
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- E, principalmente, porque o nosso objetivo, afinal, é um só: cuidar da saúde das pessoas
Que tal, então, bater um papinho com a gente para, juntos, entendermos qual a melhor maneira de assessorar a sua empresa e deixá-la longe de problemas devido a afastamentos de trabalhadores?
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